Governo decide usar dinheiro destinado a reajuste de servidores para reduzir corte no orçamento

O Ministério da Economia informou nesta segunda-feira (6) que o bloqueio nos gastos dos ministérios, o segundo em 2022, será de R$ 6,96 bilhões, menor que os R$ 8,2 bilhões anunciados em maio.
De acordo com o ministério, a redução foi possível porque o governo desistiu de manter R$ 1,74 bilhão reservado para pagar uma parte do reajuste dos servidores do executivo federal negociado pelo governo Jair Bolsonaro (leia mais detalhes abaixo).
O Ministério da Economia informou que uma decisão definitiva sobre o reajuste dos servidores será tomada até o fim deste mês de junho.
O governo vem negociando um aumento de 5% nos salários dos servidores, a um custo de R$ 6,3 bilhões. Sem a reserva, se o reajuste realmente for feito todo esse valor teria que vir de novo bloqueio no orçamento dos ministérios.
Bloqueio por órgão
De acordo com a área econômica, o Ministério da Ciência e Tecnologia sofreu o maior bloqueio, no valor de R$ 2,5 bilhões, seguido pelo Ministério da Educação (R$ 1,59 bilhão), pela Saúde (R$ 1,25 bilhão) e pela Defesa (R$ 706 milhões). Veja:
- Presidência da República: R$ 25 milhões
- Ciência, Tecnologia e Inovações: R$ 2,5 bilhões
- Educação: R$ 1,59 bilhão
- Justiça e Segurança Pública: R$ 117 milhões
- Minas e Energia: R$ 46,9 milhões
- Relações Exteriores: R$ 120,6 milhões
- Saúde: R$ 1,25 bilhão
- Infraestrutura: R$ 199,8 milhões
- Comunicações: R$ 87,39 milhões
- Defesa: R$ 706,9 milhões
- Desenvolvimento Regional: R$ 149,8 milhões
- Turismo: R$ 36,55 milhões
- Cidadania: R$ 94,49 milhões
- Mulher, da Família e dos Direitos Humanos: R$ 9,65 milhões
- Banco Central do Brasil: R$ 18,73 milhões
Fonte: g1