Polícia indicia manobrista por espancar e matar vizinho em Ribeirão Preto, SP

A Polícia Civil de Ribeirão Preto (SP) concluiu nesta segunda-feira (1) o inquérito sobre a morte de Júlio César da Silva, que foi espancado pelo vizinho, o manobrista Sérgio Salomão Bernardes na terça-feira (25).
Os dois viviam no mesmo condomínio, no Jardim Paulista, zona Leste da cidade, mas Júlio morreu após encontrar com Bernardes em um cruzamento no centro. Os dois discutiram e as agressões começaram.
Bernardes vai responder por homicídio. Ele não tem advogado de defesa.
O inquérito policial foi enviado ao Ministério Público, que decidirá se oferece ou não denúncia à Justiça.
Na sexta-feira (28), o Tribunal de Justiça de São Paulo autorizou a expulsão de Bernardes do residencial.
A decisão levou em consideração o histórico violento do morador e uma série de denúncias de ameaças e perturbação de sossego de há, pelo menos, um ano. Se solto, ele não poderá retornar ao apartamento, que é dele, sob pena de retirada forçada.
Um dia antes do crime, o condomínio entrou com o pedido na Justiça. A sentença saiu quatro dias depois.
Espancamento, morte e prisão
Irmão de Júlio César, Marco Antônio da Silva acredita que ele foi atraído para uma emboscada.
As agressões ocorreram no cruzamento das ruas Barão do Amazonas e Mariana Junqueira, no Centro de Ribeirão Preto, na terça-feira (25).
“O cara foi muito cruel, maldoso. Chamou o Júlio César para conversar, saíram. Na hora em que ele virou a grade, já chutou o Júlio César, Júlio César caiu no chão, começou a chutar barriga, costas, rosto, cabeça. Por fim, ele pisou na cabeça do menino.
Segundo o relato de uma testemunha à Polícia Civil, por volta das 14h30, Bernardes e Júlio César caminhavam juntos quando começaram a discutir.
A testemunha disse que, de repente, Bernardes deu um soco no rosto de Júlio César, que caiu no chão e bateu a cabeça com força na calçada. Enquanto estava caído, Júlio César teve o tórax pisoteado mais de uma vez pelo agressor.
A vítima chegou a ser socorrida e levada à Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na quarta-feira (26).
Uma equipe da Guarda Civil Metropolitana (GCM) passava pelo local, foi acionada, deteve suspeito e o levou à delegacia. Ele permanece preso desde o dia do crime.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2024/d/2/BKOjLKSAWawB55iyRNbQ/suspeito-agredir-idoso.jpg)