Vacina contra o fentanil, principal causa de mortes por overdose nos EUA, vai para testes clínicos; entenda como funciona

A vacina contra os efeitos do fentanil, desenvolvida pela Universidade de Houston, nos Estados Unidos, irá para o período de irá para o período de testes clínicos em humanos. Ela teve sua licença adquirida pela startup biofarmacêutica Ovax em novembro de 2023 e mostrou sucesso ao ser testada em animais.
O principal objetivo do imunizante é impedir que a overdose aconteça após o fentanil entrar em contato com o organismo humano.
A ação da droga atinge diretamente o sistema nervoso central, interrompendo a forma como os nervos sinalizam a dor entre o cérebro e o corpo. Além disso, por também ter efeitos analgésicos, provoca relaxamento, alivia a dor e causa a sensação de bem-estar nos primeiros minutos após ser ingerido. Por isso, ele causa dependência em pouco tempo de uso.
Na prática médica, ele é indicado para anestesia em alguns tipos de cirurgia, como para pacientes submetidos a cirurgia cardíaca ou com função cardíaca deficiente; e como analgésico para tratamento da dor quando outros medicamentos para dor foram ineficazes ou não podem ser usados.
Para se ter uma ideia, segundo a Administração de Repressão às Drogas dos EUA, o opioide é cerca de 100 vezes mais potente que a morfina e 50 vezes mais potente que a heroína. Por isso, muitos morrem por overdose.
De acordo com o levantamento mais recente feito pelo Instituto Nacional de Abuso às Drogas dos EUA, 73.838 mortes por overdose de o opioides sintéticos, principalmente fentanil, foram relatadas no país em 2022.
Pílulas de fentanil — Foto: Administração de Repressão às Drogas dos EUA
Fonte: O Globo