Ribeirão Preto concentra núcleo financeiro de esquema bilionário do PCC no setor de combustíveis, diz Receita

A Receita Federal informou que o núcleo financeiro do esquema criminoso bilionário no setor de combustíveis, comandado por integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), está concentrado em Ribeirão Preto (SP).
Nesta quinta-feira (28), uma força-tarefa nacional com cerca de 1,4 mil agentes cumpriu mandados de busca, apreensão e prisão em oito estados para desarticular a organização criminosa.
Em Ribeirão, Jardinópolis (SP), Pontal (SP) e Barretos (SP), houve ao menos 32 alvos, sendo 25 empresas e sete, pessoas físicas. Entre eles estão usina, rede de postos de combustíveis e financeira, onde foram apreendidos documentos e computadores. Ninguém foi preso na região.
Segundo a Receita Federal, o núcleo financeiro em Ribeirão Preto recebeu valores de distribuidoras de combustível e postos, “blindou” o dinheiro, aplicou em fundos de investimento e comprou imóveis, participações societárias, entre outros. Esse valor foi movimentado por meio de fintechs.
“Ribeirão Preto foi a principal na análise da questão financeira do grupo. Nós temos buscas e apreensões aqui para clarear informações a respeito da movimentação financeira do grupo, sobretudo no que se diz respeito à origem e também à aplicação dos recursos. Interessa à Receita Federal saber de quem é o dinheiro e para que foi utilizado o dinheiro, porque está claro que há supressão de tributos federais”, afirma Glauco Guimarães, delegado da Receita Federal em Ribeirão Preto.
A megaoperação é a junção de três operações: Carbono Oculto, do MP, e Quasar e Tank, da Polícia Federal. Elas acontecem em São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
As autoridades fazendárias estimam que o esquema criminoso sonegou mais de R$ 7,6 bilhões em impostos federais, estaduais e municipais.
Segundo as investigações, mais de 350 alvos são suspeitos da prática de crimes contra a ordem econômica, adulteração de combustíveis, crimes ambientais, lavagem de dinheiro, fraude fiscal e estelionato em todo o país.
Fonte: g1
Divulgação/Receita Federal