Casos de coqueluche em Ribeirão Preto causam preocupação; saiba como se proteger

Dados da Secretaria Municipal de Saúde mostram que Ribeirão Preto (SP) registrou 23 casos de coqueluche até o início de agosto.
A situação acende um alerta para autoridades de saúde e especialistas, que apontam a queda nas coberturas vacinais como principal fator para a doença, que pode causar complicações graves, especialmente em bebês com menos de 1 ano.
Em 2024, a cidade voltou a registrar casos após três anos consecutivos sem nenhuma ocorrência. Foram 88 pessoas infectadas, o maior número dos últimos 10 anos.
Casos zerados por três anos seguidos
A coqueluche voltou a aparecer de forma expressiva após um período de controle eficaz graças à vacinação. De acordo com a Vigilância em Saúde de Ribeirão Preto, de 2021 a 2023, a cidade não registrou nenhum caso da doença.
A médica pediatra e infectologista Silvia Fonseca, que tem acompanhado a evolução da doença no município e o avanço das ocorrências após anos de estabilidade, vê os casos com preocupação.
Essa vacina tem o objetivo de transferir anticorpos da mãe para o bebê durante a gestação, protegendo a criança nos primeiros meses de vida, período em que ela ainda não completou o esquema vacinal.
Desde então, com o avanço da imunização, os números vinham diminuindo gradativamente.
De acordo com a especialista, doenças como a coqueluche são altamente transmissíveis e precisam de uma cobertura vacinal próxima de 95% para se manter sob controle. Quando a imunização cai, os casos reaparecem.
Casos da coqueluche em Ribeirão Preto
Segundo dados da Vigilância Epidemiológica, o maior pico de coqueluche em Ribeirão Preto ocorreu em 2013, com 90 casos confirmados.
Foi justamente naquele ano que o município, alinhado às diretrizes do Ministério da Saúde, passou a reforçar as ações de imunização, sobretudo com a introdução da vacina dTpa para gestantes.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, a taxa de cobertura da dTpa até junho deste ano era de 19,66%. No ano todo de 2024, o índice foi de 89,89%.
Como prevenir?
A principal forma de prevenção é a vacina, oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças de até 6 anos, gestantes e profissionais da área da saúde. Adultos também podem se proteger com a dose de reforço, que deve ser aplicada a cada 10 anos.
No primeiro ano de vida, os bebês recebem a vacina pentavalente em três etapas: aos 2, 4 e 6 meses. Depois, são recomendadas doses de reforço aos 15 meses e novamente aos 4 anos.
A pentavalente protege contra cinco doenças: difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e influenza tipo B.
Fonte g1
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